5° Dia - Noite - San Francisco

    Logo após chegarmos em San Francisco como o hotel ainda não estava aberto para o check-in saímos para uma caminhada para o pier 39 onde almoçamos por ali mesmo e conseguimos informações sobre o CityPass incluindo o passeio para Alcatraz. Havíamos caminhado quase 6 km e ainda tinha a volta, estávamos cansados e nem percebemos que o pier 33 era logo ao lado.
    Voltamos então para o hotel fazer o check-in, deixar as bagagens e descansar um pouco. Como o guarda havia nos dito que era sempre lotado este passeio e necessário comprar com antecedência, pegamos o carro e fomos direto ao pier 33 então comprar o City Pass. A barraquinha que os vende fica aberta até as 20:30 e custa 86 USD (explicação completa em City Pass), para isso encontramos uma vaga um pouco mais distante que não havia a cobrança de parquímetro.
    De lá, decidimos ir então jantar no famoso restaurante Bubba Gump Shrimp Co ( não se preocupe se não for ficar em San Francisco, o restaurante está presente em várias cidades da Califórnia e também em outros estados) que é o restaurante inspirado no filme Forrest Gump. Assim como tratado no filme o restaurante eh especializado em camarões, e praticamente a unica coisa servida lá.
   Estávamos fugindo desta situação ate o momento: os parquímetros de San Francisco. Os parquímetros da cidade custam em media 4 USD a hora, e são super tecnológicos, eles não imprimem nenhum comprovante de pagamento e é aceito cartão de credito ou moedas de dólar. O parquímetro funciona através de uma balança no chão onde ele identifica o ultimo carro estacionado na região de cobertura daquele aparelho e conta o tempo.
    No restaurante fiz o pedido de "Dumb Luck Coconut Shrimp", são camarões a milanesa mas bem diferente, havia coco junto o que da ao prato um sabor único, um pouco adocicado com a mistura do sabor de camarão acompanhado de fritas, e minha namorada solicitou "Shrimp New Orleans" que são camarões ao bafo untados em manteiga com arroz Jasmine e fritas. Uma das entradas mais pedidas do restaurante são os "Shrimper’s Heaven" que são canudos recheados com camarões cada um com um preparo diferente.
    Apos aproveitarmos o jantar prosseguimos então para conhecer a Lombard Street ( a rua mais sinuosa do mundo), como ficava próximo do nosso hotel e inclusive na mesma rua, decidimos dar uma passada a noite mesmo e voltarmos outra hora durante o dia. Este pequeno trecho sinuoso é de uma quadra, onde você pode apenas descer a rua dirigindo, ou estacionar nas quadras que a cercam para tirar fotos e circular a pé pela escadaria.
    Com mais calma agora, pudemos prestar uma atenção maior no nosso hotel, o Day's Inn Lombard Street. O Day`s Inn eh uma grande rede de hotéis nos estados unidos no estilo motel (não tem nada a ver com os motéis no brasil, são hotéis mais simples, para quem esta de passagem e costuma utilizar somente para passar a noite). Esta franquia era gerenciada por um simpático indiano. Aqui cada quarto possui uma vaga (algo muito importante a se prestar atenção se for ficar de carro em San Francisco), um café da manha incluso bem simples com cafe, sucos, muffins e algumas frutas e o quarto eh bem simples, mas com um bom chuveiro, cama confortável e bem arejado.

5° Dia - Reno - Sacramento - San Francisco

 

  Para o dia de hoje, o planejamento mais uma vez era acordar cedo e seguirmos em sentido a San Francisco, uma viagem de aproximadamente 200 milhas ( algo em torno de 320 km) para serem percorridas ainda pela manha. Saindo de Reno pegamos então a US 50 que passa também por Sacramento, que muita gente não sabe mas eh a capital da Califórnia. Agora sempre estrada dupla de otina qualidade, devido ao grande fluxo de veículos, com uma paisagem ainda de países frios e a placas e estacionamentos específicos para a colocação e retirada de correntes dos pneus. Ao sair do estado de Nevada para Califórnia por esta estrada tem um posto de controle de agricultura, mas não se preocupe, eles só param caminhonetes e caminhões para verificar.

    A viagem correu bem tranquila até Sacramento onde já estávamos com fome e paramos para tomar um café da manha reforçado. Uma das coisas bacanas ao se viajar pelos EUA eh que nas estradas sempre tem placas em todas as saídas com os comércios importantes próximos, como postos de gasolina, farmácias e restaurantes. Paramos no Jack's in The Box, restaurante com um cardápio bem variado desde hamburguenses para café da manha (sim, isso mesmo) como burritos e omelete.

    Prosseguindo a viagem ate San Francisco entrando pela ponte Delaware, nela tem um pedágio e aceita-se dinheiro. Custa 1 USD, lembre de levar troco. Tínhamos apenas notas de 100 USD e foi uma novela para conseguir troco e também anotaram nossa placa por ser uma nota nova. Entrando na cidade por este lado, passamos pelo centro financeiro, onde encontram-se os poucos prédios da cidade. Do centro financeiro passamos pela China Town e chegamos então ao bairro Lombard onde ficamos hospedados em um Days Inn na Lombard Street.
    Chegamos no hotel ainda era cedo, em torno de 12:00 mas o check-in nos hotéis dos USA é sempre as 15:00, deixamos então o carro no estacionamento do hotel e saímos em busca do almoço. Segundo o rapaz que trabalha no hotel o Pier 39 era próximo dali, uma longa caminhada ou de ônibus. Decidimos ir a pé para conhecermos os arredores e não nos arrependemos. Descobrimos que o hotel era muito bem localizado, com diversos tipos de restaurantes, e PUB's próximos também com algumas lojinhas locais e uma Apple Store.
     Caminhamos aproximadamente 8 km e chegamos então ao Pier 39. Comemos por ali mesmo e fomos direto comprar as passagens para Ilha de Alcatraz, muito importante comprar com antecedência pois o passeio esta sempre esgotado pois o governo permite um numero máximo de visitantes na ilha por dia. Pedimos informação em um guichê ali no pier 38 onde um oficial simpático nos informou que somente é possível comprar no pier 33 ( do mesmo local onde sai o passeio) e nos indicou também comprar o City Pass (veja explicação abaixo) onde ganharíamos um desconto em diversos passeios e transportes que também só era vendido no pier 39.
    O City Pass San Francisco é tipo um carnê que se compra na cidade. Ele custa 86 USD e pode ser comprado pelo site ( http://pt.citypass.com/san-francisco ) ATENÇÃO!!!! No site você compra com um mini cruzeiro pela Baia de San Francisco e não com o passeio para Ilha de Alcatraz, para comprar com o passeio da ilha de Alcatraz somente no Pier 33. Este carnê inclui também entradas para o California Academy os Sciences (também fica ali naquela região), o aquário de San Francisco ou de Monterey, e também tickets para o Exploratorium ou Yong Museum alem de 7 Dias Consecutivos ilimitados de uso do transporte de Bondinho, Ônibus e Bondes Históricos.

4° Dia de Viagem - Chegada em South Lake Tahoe - Reno

     Já era final de tarde a ainda tínhamos muita estrada pela frente, ainda nos faltavam quase 200 milhas, a parte da estrada que nos restava ainda era apenas pelo interior da Califórnia com pouquíssimas cidades, ao sairmos do Yosemite National Park a paisagem mudou novamente tomando a forma do deserto por alguns quilômetros e logo após iniciamos a subir (em altitude) novamente ia retomando a paisagem de locais extremamente frios. O último lugar em que paramos ao pé da montanha foi a pequena localidade de Maiden, onde tinha um Walmart enorme onde pudemos reabastecer nossas guloseimas, como estávamos próximo do Halloween havia uma sessão que vendia apenas abóboras gigantes para enfeites. 

    Nesta cidadezinha a temperatura era agradável, em torno de 25 C°, conforme íamos subindo a montanha em direção a South Lake Tahoe íamos também acompanhando a queda de temperatura no termostato do carro, ao final, em frente ao lago estavam apenas 5 C°. Infelizmente como ainda era meados de novembro não havia neve e muito menos o lago estava congelado... South Lake Tahoe é um lugar único, casas enormes, com uma arquitetura diferente e com amplos jardins super bem cuidados. Realmente não há muito o que fazer na cidade além de apreciar a paisagem.

    Naquela noite então dormiríamos em Reno, já no estado de Nevada novamente que é conhecida por ser a "The Biggest Little City in the World" ou a maior cidade pequena do mundo, que para falar bem a verdade é um local deprimente, ruas escuras e meio desertas, alguns hotéis cassino antiquíssimos e mendigos na rua, nos deu uma péssima impressão e partimos direto para nosso hotel o Harrah's Reno. Nesta cidade até mesmo o hotel nos deixou com uma má impressão, era muito antigo e tudo muito velho no hotel.

4° Dia Viagem - Las Vegas - Death Valley - Yosemite National Park

    Neste dia acordamos ainda mais cedo que o habitual, afinal de contas teríamos aproximadamente 500 milhas a percorrer de Las Vegas até South Lake Tahoe (é um lugar muito famoso entre os americanos pois é a principal estação de esqui e inverno daquela região). Acordamos aproximadamente 5 horas da manhã para terminarmos de nos arrumar para a longa viagem. Conseguimos ficar prontos e saímos do hotel através do express check out, onde você precisa apenas responder algumas perguntas e deixar o cartão do hotel junto a um envelope que lhe é concedido na noite anterior de sua partida próximo a recepção do hotel, se você não tem consumos a conferir é vantajoso, caso contrário é impor
tante fazer o check out convencional pois eles ficam com todos os dados do seu cartão de crédito.

    Ao passarmos pelo lobby do Wynn Las Vegas que também é onde fica o cassino, haviam diversos funcionários trabalhando na limpeza do cassino, e o mais incrível que havia muita gente jogando ainda e, possivelmente outros chegariam antes que estes saíssem. Fomos embora de Las Vegas sem um jogo se quer, havia tantas atrações que não tivemos tempo.

 Seguindo o roteiro indicado pela agente que nos atendeu na Alamo Rent a Car programamos o GPS por partes para que não houvessem erros e perdêssemos alguma atração importante, tínhamos uma grande preocupação quanto a atravessar o deserto dirigindo por medo de a estrada ser ruim, ou não haver algum suporte ou posto de gasolina, mas é os Estados Unidos. Estrada de pista simples em praticamente todo o trajeto, mas com postos de gasolina em distâncias regulares e estrada sem um buraco se quer.

    O primeiro ponto de passagem neste dia de viagem seria o Death Valley ou Vale da Morte, como o próprio nome já diz, não há qualquer vida nos 13.500 km² de extensão do parque. O local é realmente interessante, acredito ser uma experiência quase única dirigir através de uma área completamente deserta com toda a tranquilidade e segurança que se tem ali. Estávamos em meados de novembro, início do inverno, mesmo assim com o calor nas partes mais baixas era praticamente insuportável sem o ar condicionado ligado. Dentro do parque existem diversos pontos para você parar e observar a paisagem, sempre com sanitários (considerando estarem no meio do nada, os banheiros são bem limpos) e telefones para alguma emergência. O local também é muito visitado pelos americanos, durante este trecho passamos por uma carreata de motos, uma carreata de RV's (motorhomes) e também uma carreata de Jipes, esta última estávamos seguindo atrás e de repente entram no meio do deserto sem qualquer estrada para iniciarem sua diversão. Este é um parque nacional onde você apenas atravessa de carro, não há qualquer tipo de cobrança.

 

O final do parque é em uma região alta e montanhosa, onde acaba em um enorme declive com um lago ao final, uma vista maravilhosa. Após atravessar o lago, seguindo algumas milhas aparece também um pequeno riacho e surge uma vale extremamente fértil e arborizado, onde neste vale chegamos a cidadezinha de Bishop. É um lugar incrível, muito semelhante as pequenas cidades que vemos nos filmes americanos, lá almoçamos no Carl's Jr ( uma grande rede de hamburguerias, um casal almoça tranquilamente com 20 USD). Ao lado da lanchonete, tem uma pequena praça com alguns bancos e um pequeno riacho que a atravessa. Pegamos o lanche e sentamos ali para almoçar, aos dois lados tínhamos as montanhas nos cercando.

    Infelizmente o nosso tempo para apreciar a paisagem era curto pois ainda teríamos muita estrada pela frente. Deixando então a cidadezinha seguimos em sentido ao Yosemite National Park. A entrada que dá acesso ao parque é realmente linda, com a paisagem típica de regiões frias, são enormes colinas com árvores coníferas e diversos lagos, o que nos rendeu fotos incríveis. Para entrar no Yosemite National Park é cobrada uma taxa de 20 USD por veículo que ingressa no parque que tem uma área de aproximadamente 3.000 km². O Yosemite possui duas entradas, na verdade é uma estrada que corta o parque de uma extremidade a outra tendo acesso de um lado ao Death Valley e do outro a estrada que leva ao litoral da California. Lá existem diversas trilhas para caminhadas ou mountain bike, importante observar as placas e ficar atento aos ursos que habitam a região.

3° Dia em Las Vegas - Red Rock Canyon - Stratosphere - Old Town Las Vegas - The Mirage - The Venetian - High Roller

    Em nosso terceiro dia em Las Vegas acordamos cedo mais uma vez. Inicialmente tínhamos planos de conhecer o Grand Canyon no estado do Arizona, porem a entrada do parque fica a 273 milhas de Las Vegas ( 440 km), aproximadamente 4 horas de viagem. Como queríamos muito conhecer o deserto decidimos ir então ate o Red Rock Canyon que fica a aproximadamente 25 milhas, a mesma distancia da Hoover Dam (represa Hoover). O passeio e prazeroso e bem diferente, no parque e pago apenas o estacionamento cerca de 10 USD. Dentro do parque do Red Rock Canyon e possível fazer diversas trilhas pelo deserto em diversos caminhos pré-estabelecidos com mapas para se guiar. Outra opção bacana para fazer no parque também é um piquenique. Existem diversas mesas e lixeiras em locais bem agradáveis, importante lembrar de levar tudo pois não existe qualquer bar ou coisa do gênero. Lembrando que estamos no deserto, e também caminhamos um monte a noite na Las Vegas Strip mesmo estando em meados de novembro optamos pela Scenic Drive que é o passeio onde vamos de carro em um percurso pré-estabelecido passando pelos pontos mais bonitos do parque, onde podemos agradavelmente conhecer ao conforto do ar condicionado e parando para fotografias onde apetecer.

     Na volta passando em frente a Stratosphere Las Vegas, um hotel que possui uma torre altíssima e, no topo um restaurante panorâmico e alguns brinquedos radicais para  quem gosta de altura. Como nosso tempo era pequeno e ainda era dia fomos visitar a Old Town Las Vegas. A Old Town é uma rua coberta por um telão gigante, onde, a noite, a rua inteira fica extremamente iluminada com diversas animações do telão junto com os letreiros dos antigos hotéis cassinos que deram origem a fama de Las Vegas.

   Uma das atrações mais legais da Old Town Las Vegas é um brinquedo que leva o turista de uma extremidade a outra da rua através de um cabo de aço que deixa a pessoa  suspensa verticalmente dando a impressão de que se esta voando, como um super herói, pela Old Town Las Vegas. O brinquedo custa aproximadamente 40 USD por pessoa. Lá também encontramos vários cassinos antigos e até um clube de strip idêntico ao dos filmes.
     Ao entardecer fomos conhecer os hotéis que ficam mais afastados na outra extremidade da Las Vegas Strip. A primeira parada foi o Mandala Bay Las Vegas, hotel famoso por possuir a mais bonita praia artificial do mundo, mas não entramos no hotel porque ele estava fechado para um casamento. Seguimos então e entramos no Luxor Las Vegas, hotel que faz analogia ao Egito retratando as piramides e a esfinge. A arquitetura do hotel realmente impressiona, vale a pena conhecer! Depois visitamos o Excalibur Las Vegas que não encontramos nada de especial e em seguida fomos para o New York New York Las Vegas que retrata a cidade, inclusive com a estatua da liberdade e possui uma montanha russa que circunda todo o hotel por fora, vale a pena conhecer também, muito realista!        

 

  Começamos a voltar para o carro e fizemos uma parada na loja da coca-cola e na loja M&M. Após descansar um pouco no hotel fomos para a nossa ultima noite em Las Vegas! Na Strip seguimos para o The Mirage onde assistimos o espetaculo Vulcano, em frente ao hotel e gratuito. Incrível e, na nossa opinião, mais legal do que o espetaculo de águas do Bellagio Las Vegas. Era possível sentir o calor das explosões do vulcão.




    Do The Mirage fomos direto para a nova roda gigante da cidade a High Roller, uma roda gigante novíssima considerada a maior do mundo ultrapassando a de Londres! As entradas custam 20 USD por pessoa e o passeio dura aproximadamente uma hora! A vista lá de cima a vista é indescritível e recomendamos muito esse passeio, principalmente a noite. Eles vendem tickets que duram o dia inteiro, dando a possibilidade de o turista ir ao amanhecer, no final da tarde e a noite.
    Já voltando para o hotel paramos alguns instantes no The Venetian Las Vegas para apreciar a perfeição dos canais de Veneza, dando assim por encerrada nossa inesquecível  passagem por Las Vegas.